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Hidrogênio Verde: Novo Horizonte do Comércio Exterior no Brasil

Hidrogênio Verde: Novo Horizonte do Comércio Exterior no Brasil
Escrito por
Grupo Oporto Forte
Publicado em 16 Mai 2024

Em um mundo cada vez mais comprometido com a sustentabilidade, o hidrogênio verde surge como um protagonista. No Brasil, particularmente no Nordeste, o cenário é promissor para esta revolução energética, que alia inovação tecnológica a vantagens econômicas, especialmente nas Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Vamos explorar como o hidrogênio verde pode transformar o comércio exterior e fortalecer a economia nacional.

O Panorama Atual do Hidrogênio

O hidrogênio é amplamente utilizado em diversas aplicações globais, predominantemente na forma de hidrogênio cinza, produzido a partir de gás natural. Este processo, no entanto, é altamente poluente. A busca por alternativas mais sustentáveis conduziu ao desenvolvimento de várias formas de hidrogênio, classificadas por cores baseadas em sua fonte de produção e impacto ambiental. Entre elas, destaca-se o hidrogênio verde, obtido através da eletrólise da água com energia renovável, representando uma solução limpa e sustentável. 

Classificação e Impacto Ambiental do Hidrogênio

Hidrogênio Preto e Cinza: Alta emissão de CO2.

Hidrogênio Azul: Redução de impacto através de captura de CO2.

Hidrogênio Verde: Produção sustentável sem emissões de CO2.

Outras Variedades: Amarelo (solar), Rosa (nuclear), Turquesa (pirólise de metano), e Branco (forma natural).

O Potencial do Hidrogênio Verde no Brasil

Dadas as condições climáticas e geográficas favoráveis, especialmente no Nordeste, o Brasil tem um potencial significativo para a produção de hidrogênio verde. A região já conta com um investimento crescente em energia renovável, como eólica e solar, que facilita a produção econômica de hidrogênio verde.

Impacto nas Indústrias e no Comércio Exterior

Redução de Custos de Produção: O hidrogênio verde pode reduzir os custos energéticos industriais, aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Desenvolvimento Industrial: A demanda por novos equipamentos e tecnologias para a produção de hidrogênio pode estimular a criação de indústrias locais, gerando empregos e fomentando o desenvolvimento tecnológico.

O Papel das ZPEs

As ZPEs no Nordeste, como Parnaíba, Pecém, e Suape, são cruciais neste cenário. Elas oferecem vantagens fiscais e operacionais que podem diminuir ainda mais os custos de produção, tanto de hidrogênio quanto dos produtos destinados à exportação. Essas zonas podem, portanto, desempenhar um papel estratégico na adoção do hidrogênio verde, contribuindo para uma economia mais verde e competitiva.

Conclusão

O hidrogênio verde não é apenas uma promessa para uma economia sustentável; é uma realidade emergente que pode posicionar o Brasil como líder global na produção de energia limpa. O investimento em tecnologias de hidrogênio verde e a integração estratégica com as ZPEs pode revolucionar tanto nossa matriz energética quanto nosso perfil de exportação, alinhando o país com as metas globais de redução de emissões e sustentabilidade.

 Celso Cavalcanti - Partner consultant